Urbanizadora Paranoazinho
Da implantação
Dentre as funções previstas para o lote 355 do empreendimento da UPSA acreditamos que a mais expressiva seja a sua função urbana uma vez que além de construir o limite a uma das praças previstas no tecido urbano a ser implantado, será dividido para possibilitar o Passeio Sobradinho, ou Main Street.
Considerando esta expressividade, a volumetria implantada no lote é decorrência de seus limites, mas principalmente da relação que se vislumbra estabelecer com a praça.
Utiliza-se parte do lote para o alargamento das “esquinas” criando-se assim uma transição entre o passeio e a praça, um portal de chegada a este generoso espaço público, reforçando a importância dos dois elementos urbanos estruturantes do empreendimento.
A arquitetura proposta evita a massa única com gabarito único, para se adequar às diferentes escalas do projeto. O escalonamento do gabarito, bem como a quebra da volumetria nortearam a distribuição do programa e a articulação das circulações.
Partindo da fachada da praça rumo à alameda paralela a esta, há uma variação do gabarito.
Tal variação é proposta para que o edifício dialogue com as diferentes escalas:
Da monumentalidade da praça, à local das alamedas.
A partir da monumentalidade da praça, onde a edificação chega ao seu gabarito máximo de 10 pavimentos, o edifício se escalona até chegar a 7 pavimentos.
O embasamento, avançado em relação ao corpo geral da edificação, possui gabarito de 2 pavimentos, estabelecendo assim escala adequada ao pedestre junto ao Passeio e às alamedas.
Dos usos
Os espaços públicos junto ao lote 355 serão ativados pelo uso integral do térreo, onde comércio e serviços serão instalados em módulos implantados nas bordas do lote, bem como por loja âncora no interior deste.
Junto às esquinas, como marcação do acesso principal e extensão das lojas âncora, pequenos quiosques-cafés atuarão como ponto de encontro, ponto de partida e/ou chegada de um passeio pela Main Street.
Entendemos que para atrair o público, o Passeio Sobradinho abrigará lojas conceito de grandes marcas e restaurantes de médio porte, enquanto que o comércio local e restaurantes de pequeno porte estarão voltados para às alamedas e servirão para ativar tais áreas, bem como trazer segurança aos acessos das salas comerciais e às áreas residenciais.
As salas e outros espaços comerciais serão implantados no primeiro pavimento – ou “segundo térreo” – voltadas para um páteo interno semi-público e com acessos independentes pelas alamedas.
Vislumbramos o páteo como uma extensão ao ar livre dos espaços internos das salas comerciais, bem como espaço de uso dos moradores das unidades residenciais implantadas a partir do segundo pavimento.
As unidades residenciais foram posicionadas considerando-se como premissa a necessidade de ventilação cruzada, a minimização do uso de corredores externos de circulação e que as circulações verticais atendessem três apartamentos, ou no máximo quatro.
Dos acessos e estacionamento
Os acessos residenciais foram distribuídos por todas as faces do lote e adjacentes às fachadas das lojas, contribuindo para ativação das ruas.
Os acessos às salas comerciais são independentes dos acessos residenciais e acontecem apenas pelas alamedas, sendo que em uma das faces acontece por escadaria ampla e convidativa.
O acesso aos três níveis de garagens se dá pela alameda paralela ao Passeio.
Devido a largura restrita de dez metros da alameda, o acesso às garagens é restrito a caminhões de pequeno porte (VUCs) automóveis e motocicletas.
A loja âncora terá seu acesso principal na “esquina” da praça e seu acesso de serviços voltado para uma das alamedas.
caropá aec + FLPP
Renato Silva, Daniel Eizo, Gabriela Viotti, Giovanna Gemignani, Gabriel Bronzoni, Renata Arruda, e Ana Tereza Aquila
21.540 m2
Brasília
2016
Caropá aec – Daniel Eizo
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