PTG B28

Primeiro grande edifício de nossa autoria, o projeto nasce a partir da intenção de integrar os quatro edifícios que ocupam a quadra. Em busca deste “novo” urbanismo, a representatividade do edifício e a identificação com a cidade são os objetivos maiores. E eles são alcançados quando seu significado não é apenas observado ou assistido, mas sim vivido, e assim legitimado como um novo modelo de estrutura urbana. A identificação do indivíduo com a cidade se dá pelas experiências por ele vividas, pela qualidade e natureza dessas experiências, podendo a identificação ser positiva ou não. É primordial que cada estrutura erguida neste momento deva agregar positivamente ao cenário urbano, na tentativa de construção de uma cidade mais integrada, cujos espaços de convivência sejam potencializadores e catalizadores de novas possibilidades. Como premissa dessa integração a permeabilidade se faz notória.

Em vez de muros, podemos observar espaços abertos; em vez de grades, temos acessos mais convidativos. São elementos que transformam não apenas no aspecto simbólico, mas também na forma de operar e de se utilizar a área. As referências arquitetônicas são conceituais e trazem a ideia da criação de um espaço de permanência, um local convidativo à comunidade. A fachada, que é revestida por vidro laminado, assume o formato de losango. Essa dinâmica de estrutura proporciona a quebra da volumetria habitual dos edifícios e, de forma abstrata, dá continuidade à quebra das maneiras de se pensar a arquitetura e a cidade.